André Gide

André Gide nasceu em Paris, em 1869. Cursou a faculdade de Letras e de Filosofia, em Paris, e formou-se em 1889.

Seu primeiro livro “Os cadernos de André Walter”, foi lançado quando tinha apenas 22 anos. Aos 28, lançou “Os alimentos terrestres”, que vendeu pouco na época, mas hoje em dia é muito reconhecido.

Em sua obra são encontrados muitos aspectos autobiográficos, como conflitos morais e religiosos, questões ligadas ao homossexualismo e protestantismo.
Após casar-se com sua prima Madeleine, em 1895, Gide fez uma longa viagem pela Suíça, Itália e Tunísia. No seu retorno, após dois anos, começou a ser colaborador do periódico “L’Ermitage”, escrevendo vários artigos. Em seus artigos, Gide defendia o rigor formal e o classicismo.

Em 1908, juntamente com outros intelectuais da época, Gide fundou a "Nouvelle Revue Française", uma das revistas mais conhecidas e renomadas da Europa. Em 1911, fundou a famosa editora Gallimard e publicou o romance “Isabel”.
Foi durante a Primeira Guerra Mundial que Gide teve uma profunda crise religiosa, que resultou na publicação de “Os Subterrâneos do Vaticano", um romance extremamente irônico.

Com o fim da guerra, o autor obteve muito reconhecimento do meio intelectual. Em 1919 publicou “A sinfonia pastoral”, considerado por muitos como sua obra-prima. Sempre muito ligado aos acontecimentos políticos, engajado, Gide manifestou-se contra o colonialismo e se lançou em defesa do comunismo. Após uma viagem à URSS, denunciou os crimes de Stalin, no livro "Retour de l'URSS".

Em 1947, Gide recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, além de ter se tornado doutor honoris causa pela Universidade de Oxford.

Escreveu outras obras, como "Os Moedeiros Falsos", “Os Frutos da Terra", "Saul" e "A Volta do Filho Pródigo”. Traduziu a obra de Shakespeare “Hamlet” e fez uma adaptação de “O processo”, de Kafka, para o teatro.

Gide faleceu em 1951, de problemas cardíacos.